quinta-feira, 21 de junho de 2018

Boa tarde a todos! :)

Para quem não me conhece, sou uma italiana, nascida no Brasil (ao o que geralmente se denomina como dupla cidadania ou nacionalidade) e moro em Portugal. Decidi fazer esse post pois sempre me perguntam como é viver em Portugal (e, quem me conhece, sabe o quanto eu sou sincera), respondo: para mim é ótimo! E explico dizendo que todo e qualquer lugar do mundo pode ser o céu e/ou o inferno para você, depende do que você busca! Uma diferença básica que eu vejo entre os povos de outros países e os brasileiros está na educação (aqui envolvendo também o orgulho e respeito à pátria), o que, às vezes, causa em certo deslumbre em morar fora do Brasil. Em geral, os povos de outros países (principalmente os desenvolvidos) não exportam suas mazelas. Falam mal delas em seu próprio meio, mas não externam. É como se fosse aquela mãe que vive reclamando do filho, mas quando alguém de fora fala e ela toma conhecimento, ela não gosta. É meio por aí...rs É que nós, brasileiros (não na totalidade obviamente, mas em grande parte da população), temos a “síndrome do vira-latas” (aquele que não tem raça definida por ser a mistura de todas as raças) e essa parte da população remete a essa “síndrome” ao que de pior do mundo foi inserido no Brasil (e isso é ensinado na escola e incutido no imaginário dos cidadãos desde criança). Essa mistura compôs a miscigenação de uma pátria, que, em relação aos demais países do mundo, é extremamente nova. Bom, não vou me ater a essa discussão, se julgo como postura correta ou não, foi apenas uma introdução para dizer o seguinte: na minha concepção, tudo começa com uma boa educação: valores, princípios, direcionamento de vida, postura, enfim, que são aprendidos em casa mas também são reforçados no ensino académico com o conteúdo que é ensinado, inclusive a valorização do espaço que você vive e o convívio geral em sociedade (dentre eles regras e parâmetros). E o Brasil, embora, para mim, seja um país fantástico, com imensas riquezas das mais diversas e um povo criativo e como não se encontra em outro lugar do mundo (justamente por causa dessa mistura), não investe em educação. E, para mim, a educação é a base de tudo: se você não é educado (ensinado) a saber que você precisa fazer algum tratamento de saúde, você não faz. Se você não é educado a saber respeitar o espaço do outro, você terá problemas em sociedade. Se você não é educado a ser empático e saber que violência não resolve nada, você vai querer resolver tudo fora do diálogo, e por aí vai. Pois bem, a minha escolha por Portugal se baseia nisso: na educação (uma escola de qualidade para minha filha, segurança, etc). Mas isso não quer dizer que Portugal não tenha problemas!Sim, tem! Como absolutamente todo e qualquer lugar do mundo! Porque quem faz os países serem o que são (por mais que tenham belas paisagens, climas, etc) são os humanos! E humano é passível de acerto e erro sempre. Então, repito: a escolha de onde morar (seja bairro, estado ou até mesmo país) depende do que você busca!E do que você está disposto a abrir mão para conquistar. Porque sim! Toda escolha tem suas consequências (e você terá perdas e ganhos) – basta colocar na balança o que mais pesa para você e fazer a sua escolha. Também me questionam porque eu, sendo uma italiana (e apaixonada pela Itália), não moro lá: basicamente por causa de custo de vida, em vários aspectos. Viver na Itália é muito mais dispendioso (mas há também compensações, como uma comida com qualidade sem igual) o que, nesse momento, pesa a minha balança para Portugal. Agora, só para reflexão, e retomando um pouco o que eu disse lá em cima: vira-lata ou SRD (sem raça definida) é considerada a raça mais resistente (ou uma das) entre os caninos. E, absolutamente nenhum lugar será bom se você não estiver bem contigo mesmo. Faça uma auto-análise, uma auto-reflexão e faça sua escolha. E, se optar por vir para Portugal, talvez possamos auxiliar! Tudo o de melhor a você nessa vida, principalmente saúde, força, fé, foco e discernimento! Abraços! ☺ M@binha Silveira

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