domingo, 24 de junho de 2018

Sobre encerramentos de ciclos e início de outros (a história do casulo e da borboleta)

Registro aqui uma publicação que realizei em uma rede social em 17/02/2018, pouco antes de sair em férias do meu trabalho/licença (e entrar em viagens - após 4 anos sem férias - com destino final a morada em Portugal), que julgo relevante. Essa postagem se referia à conclusão de um ciclo e começo de outro. A base dela é que, 3 anos antes de sua publicação, eu fui convocada a assumir um cargo de um serviço público (ao qual eu havia me candidatado e fui aprovada em concurso público três anos antes de ser convocada, quando ainda estava cursando meu curso universitário) em uma cidade que ficava à 100 km da capital, onde eu morava. Pela proximidade geográfica, eu julgava que houvesse uma proximidade também cultural e que eu estaria "no quintal da minha casa". Ledo engano. Para minha surpresa, eu parecia estar em outro país! Resolvi postá-la aqui para ilustrar o eu que sempre digo (adaptação, aprendizado, sair da caixinha): [Nos últimos três anos, quando eu decidi abandonar a minha Zona de Conforto - que é muito fácil de se falar, mas extremamente difícil de se praticar - aprendi que viver em plenitude consiste, basicamente, em arriscar-se!É tentar o novo e não ter medo de errar (e de assumir, corrigir e aprender com o erro depois). Aliás, o que mais acontece quando nos livramos de hábitos enraizados e tomamos novos rumos é "dar errado". E dá muito mesmo! Porque é um reaprender a andar. E reaprender/substituir velhos hábitos é muito mais difícil do que aprender algo. Porque já estamos condicionados às nossas amarras mentais, crenças, valores e hábitos. Crescer dói pra caramba! Esfola, arde, quebra...lembra quando criança, quando você aprendeu a andar de bicicleta?!? Mas lembra também quando você aprendeu? A sensação de poder, de liberdade e de paz que te trouxe esse aprendizado? Sensação de dever cumprido, que você é capaz?!? Então! Daí eu me lembro de outras passagens da infância. Lembro que sempre fui muito curiosa (e ainda sou) e que eu tinha a mania de "testar" as coisas, de querer saber que mecanismo direcionava aquilo, o por quê de tudo (e não sou muito diferente hoje em dia...rs). Lembro que, no sítio do meu pai (que ele perdeu após ser invadido, mas isso é outra história que prefiro não me ater), que era extremamente produtivo e tinha vários tipos de animais e plantações, nos cedendo inúmeros tipos de produções que complementavam a renda da nossa família (como leite, queijo, ovos, verduras, etc), eu ficava ali observando a rotina do meu pai e dos bichos que ali habitavam...rs. E, dentre esse bichos, tinham patos. E galinhas. E eu ficava ali, por horas, vendo aqueles patos todos nadando numa caixa dágua de concreto enorme (bom, pra criança tudo é enorme...rs) que tinha lá (e que era usada para acumular água para tratar dos animais). Mas, enfim, eu via os patos nadando e as galinhas lá, quietinhas, os observando com os "olhares tristes" (pelo menos esse era o meu julgamento...rs). Eu, então, como diz minha mãe, "a defensora dos frascos e comprimidos" (uma brincadeira com a expressão fracos e oprimidos...rs), resolvi colocar uma galinha no tanque para nadar. Obviamente, quase matei a galinha! E, mais óbvio ainda, uma bronca do meu pai (rs). Em outra situação, vi um casulo e perguntei para o meu pai o que era aquilo. Minha mãe, que estava perto, prontamente respondeu que aquilo era a fase entre a lagarta e a borboleta. Eu, obviamente, quis "salvar" a borboleta ali de dentro, porque, no meu entendimento, ela estaria sufocada. Resultado: matei o casulo e ele não voltou a ser nem a lagarta nem a borboleta. Mas por quê essa história toda? Porque na vida da gente é assim! Tem situações que são biológicas e/ou dependem da nossa maturidade para compreender (questões sociais). Hoje, adulta, eu percebo o valor das três fases da borboleta e consigo respeitar. Mas amo a borboleta. Porque ela entende o seu poder, sabe das suas asas, e, simplesmente, voa sem competir com as demais! E se conecta ao que faz bem a ela. Borboletas azuis, por exemplo, só existem onde o ar é puro, ou seja, a existência delas em um local é um indicativo biológico de pureza do ar. Por isso a frase: cuide do seu jardim (de você, de sua energia) para que as borboletas (a plenitude, felicidade) venham! E voe! Arrisque-se!Nas mínimas coisas: em um corte de cabelo, uma comida, uma viagem...o que importa é você se permitir! E estar em plenitude com você mesmo. Porque os outros, são os outros. As escolhas e modo de viver deles não nos interessam (desde que elas não interfiram na nossa vida e que eles não necessitem de nós). A grama do jardim alheio talvez seja mais verde porque ele passou mais tempo cuidando dela, aguando, adubando e podando, do que vigiando a do vizinho. Todos temos a capacidade de sermos borboletas, basta respeitarmos nossos ciclos e termos a coragem de voar depois!] ]

Minhas considerações sobre morar fora do seu país de origem

A quem está disposto a mudar do seu país de origem (seja do Brasil para a Itália, Portugal, ou qualquer outra mudança de país), gostaria de compartilhar com vocês a minha percepção a respeito do tema. Primeiro quero abrir um parênteses e dizer que quando você sai do seu país de origem, da sua zona de conforto, você tem que ter muito bem claro na sua mente que você está se inserindo a uma cultura diferente da sua e que quem tem que se adaptar é você, não o país para o qual você está se mudando! Parece óbvio, mas na realidade não é tão óbvio assim. Sem fazer juízo de valores, infelizmente, vejo muita gente não tendo muita essa noção na prática e querem incutir a sua cultura (e costumes) a todo custo na sociedade que ele escolheu para viver. É natural, que, em processo de adaptação (que varia muito de pessoa para pessoa e depende de vários fatores), hajam dificuldades (e com certeza haverão). Vamos dar muitos “vacilos” sim, porque estamos reaprendendo algo. E reaprender é muito mais difícil do que aprender. Demanda muito mais tempo, paciência, dedicação. Mas o que eu cito aqui é a disponibilidade em (re) aprender, se (re) organizar, se (re) formular e se (re) construir, (re) adaptar: é para isso, que quem está saindo do seu país de origem para uma nova realidade, tem que estar aberto! Nesse outro país as regras de sociedade, leis, costumes são, obviamente diferentes do seu país de origem (talvez não muito, mas sempre há diferenças). Não estou aqui entrando no mérito se você deve ou não deixar sua essência de lado, nem, tampouco, aceitar/se submeter a situações que estejam em conflito com seus valores e/ou princípios! Como eu disse anteriormente, não vou fazer juízo de valores, até porque, cada um sabe “onde seu calo aperta”, sabe da sua necessidade e do preço que está disposto a pagar pela consequência das suas escolhas! Bom, dito isso, e fechando os parênteses, quero falar da minha percepção de quem mora, trabalha e estuda fora do meu país de nascença, o que eu acho que é imprescindível, e o faz tornar mais respeitado e, consequentemente, sua adaptação ser menos penosa: 1) Seja SEMPRE honesto, ético e verdadeiro em sua conduta. Não diga que sabe fazer algo que não sabe (só porque precisa daquela oportunidade), não invente qualificações nem atribuições. Porque elas serão testadas e/ou confirmadas. E você nunca perde por estar correto e não ceder seu direito a ninguém, mas pode perder oportunidades e credibilidade se não tiver uma boa conduta. Vou dar um exemplo que aconteceu comigo: estava disposta a trocar de emprego e disponível a trabalhar em algo que estivesse próximo a minha casa, mesmo que não fosse na minha área. E ao lado da minha casa (não chega a 100 metros de distância) tem um café que estava com uma placa com o dizer: “Precisa-se de empregada com experiência”, mas não dizia experiência em que, especificamente. Pedi para falar com a dona (que eu não conhecia) e ela me perguntou se eu já havia trabalhado em café. Respondi que não, mas que já tinha trabalhado em restaurante, quando ela me perguntou se eu sabia fazer pastel, se já tinha trabalhado com pastelaria (eu, embora achasse aqui simples de fazer, falei a verdade, que não, mas que poderia aprender). Ela olhou fixamente para mim e disse: “olha, eu quero alguém que saiba fazer, porque eu estou entrando em férias e não tenho tempo para ensinar. Gostei da sua honestidade. Em uma outra oportunidade, eu terei a maior satisfação em poder te ensinar”. Resultado: sai de lá sem emprego, mas com credibilidade. E, em uma oportunidade futura, ela vai lembrar de mim, com certeza. 2) Falar BEM a língua do país que você vai morar é imprescindível, caso você não queira estar frágil perante uma situação, nem “ser enrolado”. A flexibilidade; o “jeitinho”; o bom humor; o “portunhol”; falar através de mímica; apontar; etc, te salva de muita coisa, realmente, mas, principalmente em questões burocráticas (como em serviços públicos, por exemplo) quem está ali trabalhando, muitas vezes, não tem muito tempo nem paciência para tentar te entender não. Falar uma segunda língua então (como inglês), por exemplo, te salva de muita coisa. Por exemplo: na Itália não se tem o hábito de se falar inglês (somente italiano, mas que vem mudando com as novas gerações e, em lugares mais turísticos é um pouco mais comum falarem inglês), já em Portugal já existe essa opção da língua inglesa/americana em vários lugares que se frequenta, principalmente os mais visados/turísticos. Na França, fale francês ou não se comunique...rs. Conhecer bem a cultura do seu novo pais te qualifica a se preparar mais! Saber se comunicar é ter poder! 3) Nunca confie só na sorte! Por maior e melhor que seja o planejamento que você faça, a probabilidade de acontecer algo fora dos planos é gigantesca, portanto tenha sempre o plano B, C, D, E… 4) Esteja aberto às diferenças!Por mais que você ache que uma pessoa seja chata ou grossa (enfim, qualquer qualificação que não fira seus valores e princípios), tente ler nas entrelinhas e ser empático (e simpático também). Talvez seja exatamente essa pessoa quem é a peça do quebra-cabeça que você busca! 5) Existem “pessoas boas” e de má índole em qualquer lugar do mundo! Portanto, esteja atento e não ache que você está indo para um paraíso onde tudo funciona milimetricamente (até porque não somos exatos, mas complexos) correto, sem nenhum problema. Existem lugares mais organizados do que outros, mas pessoas são pessoas em qualquer lugar do mundo e tem qualidades boas e ruins também! 6) O sol nasceu para todo mundo (bem como a sombra), então existe lugar para todos nesse mundão enorme! Não precisa de ninguém querer ocupar o espaço de ninguém, nem, tampouco, disputar com ninguém! Somos todos iguais em nossas diferenças e estamos todos no mesmo barco (vida) e não sairemos vivos dessa...rs...juntos somos mais, sempre! Cada qual com a sua habilidade, suas qualificações. Em parcerias nos completamos com o melhor que cada um pode ceder a relação! 7) Às vezes você fica pensando nas suas contas para pagar, que tem que dar certo a todo custo naquele trabalho, no que se propôs a fazer e, no desespero, mete os pés pelas mãos. Calma, respira, as coisas dão certo com o tempo. Vá plantando, um dia a colheita vem. Eu sei que é difícil (ainda mais nessa sociedade extremamente competitiva em que vivemos, que temos que ser perfeitos, mas nunca seremos...rs), mas temos que começar a doutrinar nossas mentes e treiná-las para respeitar o tempo de tudo. Quando falo isso, lembro de uma história de criança, sobre o casulo e a borboleta (que já posto aqui). 8) Acredite em você! Nos seus objetivos, na sua caminhada. Não saia do seu foco dando ouvidos a quem te critica, desmerece ou ofende gratuitamente (e, na maioria as vezes, sem te conhecer de fato), simplesmente por cobiçar o que você conquistou e/ou não ter a mesma garra que você! Já disse isso aqui, mas não custa reafirmar: a fim de colher bons frutos, não se atira pedras em árvores que não os dão! 9) Às vezes você é “gente boa” com alguém e esse alguém quer se aproveitar da sua boa vontade. Esteja atento para o que é, de fato, necessidade e não apenas capricho e abuso disfarçados! 10) Não desista! Desanimar, tudo bem!Faz parte! Chore tudo o que tenha para chorar, desabafe, se permita ficar de “bode”...rs...mas, depois, levanta, sacode a poeira e siga!Afinal, o que te trouxe até aqui?Se você teve a disponibilidade, coragem e disposição de sair da sua zona de conforto para chegar até aqui, é sinal de que você quer mudar de vida. E mudar não é fácil mesmo: nem sempre, na verdade, quase nunca, será fácil! Mas, como nos ensina Walt Disney em seus filmes infantis: “se está difícil e ruim é porque não chegou ao final. Tudo dá certo no fim, basta ter persistência, perseverança, fé e dedicação! No mais, força na peruca e “andiamo” tendo a linha como referência, porque senão o trem (como boa mineira...rs) passa em cima da gente...kkkkkkk

A mochila "gira" de viajante...rs

Como eu disse já algumas vezes (várias...rs), eu sou uma apaixonada por viagens - há quem diga que eu seja uma cidadã do mundo, um apelido carinhoso para mochileiro, nômade, viajante, inquieto, etc...rs - título que aceito de muito bom grado, até porque eu sou uma eterna aprendiz e quem viaja está sempre aprendendo algo diferente. Acontece que nessas minhas viagens, poucas vezes (para não dizer nenhuma...rs) eu tinha grana mesmo (muita) para gastar . Minhas viagens foram sempre "na tora"...rs....surgia a vontade, pesquisava, decidia, comprava a passagem em promoção e/ou dividia em 10 mil vezes (rs), ficava hospedada na casa de amigos/conhecidos e nunca montava roteiros (e tenho uma explicação para isso, que não é falta de planejamento, organização...rs). Outro ponto é que eu viajava fora de alta temporada!*OBS: coloco os verbos no passado porque agora vivo em outro país (e não tem essa de dividir, parcelar, etc...rs...então não sei como será daqui pra frente...rs)* Sempre fugi dela (a tal da alta temporada...rs)!Porque paga-se muito mais e aproveita-se muito menos o lugar, e, embora eu ame gente, detesto muvuca (e aqui entra a explicação do por que de eu não montar roteiros, que é a mesma): como eu sou uma pessoa extremamente ligada a energia (cientificamente falando somos energia em movimento e é ela que move o mundo), eu gosto de viver os lugares que visito! Em geral não vou em lugares que todo turista vai: pontos turísticos (tenho a sensação de que ponto turístico é aquela sujeira que você tem em casa, sabe, e aí chega aquela visita inesperada e você varre a sujeira para debaixo do tapete...rs), então eu sempre faço amizades com nativos, que me levam em locais onde eles vão, frequentam, gostam (fora que você paga menos nessa opção também e, de quebra tem cia, faz amizades). E fora da alta temporada, além de você economizar, as cidades tendem a estar mais verdadeiras (sem maquiagens), menos cheias e os nativos mais disponíveis para te apresentar o local. E, se der tempo, vou aos pontos turísticos mas, se não der, tudo bem, pesquiso na internet se tiver curiosidade e está tudo certo...rs. Gosto de viajar sozinha, ou poucas pessoas (família, amigos) que conseguem acompanhar meu ritmo (que não é fácil, confesso...rs) - e quando não conseguem não ficam com "mimimi", tipo: "ahhh,você me deixou aqui sozinho" e tal...rs (eu respeito o jeito de ser de cada um e exijo que respeitem o meu). Gosto de me locomover de trem, metro, barco, a pé, carro, ônibus, enfim, o que os nativos fazem. Pelo tempo que estou naquele lugar, eu gosto de vivê-lo, senti-lo. E, definitivamente, montar roteiros ou estar em grupos grandes não permite isso: você fica "formatado", condicionado e tenso porque tem a "obrigação" de fazer isso ou aquilo (se você trabalhar com isso, tudo bem, mas em férias, diversão não dá para mim). Ahhhh, e raramente lembro de tirar fotos (raras vezes mesmo...rs), porque eu vivo tanto o lugar, aproveito tanto aquilo que, para mim, as melhores lembranças são as relações construídas e que ficam na memória e no coração. E aí, nessas minhas viagens, sem grana, para não dizer que não trago nada de físico ( o que eu não vou ser hipócrita em dizer que não trago, pelo contrário, trago sempre que posso...rs), costumo levar a tal da lembrança para a família e amigos (e para mim também). Então geralmente compro chaveiros e/ou imãs de geladeira, que são baratos e dá para comprar mais de um...rs. Daí, nessa brincadeira, eu comecei a colecionar chaveiros! E eu comecei a pensar onde enfiaria todos eles e qual serventia eles teriam (porque detesto acumular coisas sem necessidade...rs). Foi quando olhei para a minha mochila (que já comprei grande justamente para adequar a viagens rápidas e à bagagem de mão) e comecei a colocá-los ali. E, o mais engraçado nessa história é que (tirando o som daquele sininho de pescoço de vaca chatinho, mas fácil de resolver travando-os à mochila...rs) nos lugares onde eu vou as pessoas acham legal (ou gira, fixe, como se fala aqui em Portugal) e acaba sendo um assunto, porque as pessoas tem curiosidade em saber onde você passou, etc. Então, sem querer - ou melhor, sem ter a pretensão, como tudo o que eu faço na vida, ajo sempre de forma espontânea e natural (talvez também por isso as coisas fluam para mim...rs), eu acabei arranjando mais uma forma de fazer amizades...rs

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Lá vem eu motivar vocês de novo...rs

...mas é assim mesmo! Certa vez ouvi que motivação é igual a banho: tem que ter todo dia...rs...e é a mais pura verdade!Não pode deixar a peteca cair! E, se cair, aproveita, rola no chão, se suja todo de areia, chora tudo o que tem que chorar, mas deixa as lágrimas lá na areia, levanta, sacode a poeira e saca de novo...rs...porque a vida é assim. Tipo roda gigante, uma hora você está embaixo, a outra em cima, outra no meio. Um eterno perde-ganha. Ou "ganha-ganha", quando você transforma as experiências negativas na sua vida como aprendizado, e, consequentemente, ganho! Aí você está lá, ralando para alcançar seu objetivo, na boa, sem interferir na vida de ninguém, e chega o danado do pica-pau (aquele cara que destroi toda àrvore que encontra). Você já observou como aquele bichinho do desenho animado é perverso? O "cara" se diverte em fazer sacanagem com os outros (muitas vezes de graça e sem motivo nenhum aparente), em manipular e, pior, adora levar vantagem em tudo, o tempo todo, colocando a sua "esperteza" como a única forma de se dar "bem na vida", não importa o preço a pagar. Pois bem, nunca gostei que minha filha assistisse a esse desenho e nem outros que eu julgava nem um pouco didáticos e com "mensagens subliminares" que não condiziam com a sua formação de caráter dentro de casa. Mas, voltemos à realidade: você está lá, trabalhando duro, na honestidade, fazendo de tudo para que as coisas deem certo e vem um a toa, um acomodado de marca maior que não pode ajudar (mas faz a questão de atrapalhar) te encher a paciência. Respira fundo, conta até dez, usa os 4 F`s (Força, Foco, Fé e, se tudo isso falhar, um Fodas...rs), se afaste, enfim...não se conecte com a energia negativa dessa pessoa. Confie em você! Esse é o jargão mais antigo que existe, mas um dos mais verdadeiros: Se você não confiar em você, ninguém vai! E existem várias formas de você sublimar isso e não se deixar sair do prumo (e cada um tem a sua, não existe receita), mas saiba que: ninguém joga pedras em árvores que não dão bons frutos! Até porque o oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença: não concedemos afeto (de todas as formas) a quem não nos interessa (ou instiga) de alguma forma. O travesseiro é o "cara mais legal" na vida da gente: quando você tem a consciência tranquila, sabe seu valor e da sua índole, não é qualquer vento que arranca suas raízes do chão. A semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória, então devemos sempre vigiar o que plantamos, sem esquecermos que somos humanos e passíveis a erros. E quando isso acontece, se retratar ao que lhe cabe e se perdoar é essencial! Humildade é tudo de bom!Tem que ser sentir o máximo sim!Ninguém é igual a ninguém e temos ritmos diferentes (e nem por isso não atingimos o sucesso, até porque ter sucesso é relativo e depende da concepção de cada um). Não compare sua caminhada com a de ninguém e tudo dará certo!E parabéns pela coragem de sair da sua zona de conforto! Lembrei do discurso do Rocky Balboa (no filme de mesmo nome) para o seu filho: "O mundo não é um mar de rosas; é um lugar sujo, um lugar cruel, que não quer saber o quanto você é durão. Vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar. Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer. Agora se você sabe do teu valor, então vá atrás do que você merece, mas tem que estar preparado para apanhar. E nada de apontar dedos, dizer que você não consegue por causa dele ou dela, ou de quem quer que seja. Só covardes fazem isso e você não é covarde, você é melhor que isso." A todos, desejo muita força, sabedoria, discernimento, persistência, fé, empatia e amor para seguir o caminho. Porque o caminho só existe e só se abre ao caminhar! Meu mais sincero abraço fraterno e desejo de boa sorte! ☺

quinta-feira, 21 de junho de 2018

A minha primeira viagem à Itália

Como combinado, aqui vou contar sobre a minha primeira viagem física à Itália (porque mentais foram inúmeras...rs). Durante toda a minha vida eu sempre me apresentei como uma italiana nascida no Brasil (existem espaços, inclusive, em que as pessoas só me chamavam de italiana, ou italianinha...rs). Eu sempre quis "retornar" (já usei esse termo em outro post e expliquei o por quê - não sei se trata-se de uma questão de memória genética e/ou espiritual) à Itália. Só que eu cometia um erro muito comum: nomeava esse desejo como "um sonho". E sonho não foi feito para se concretizar. Objetivo sim! Sonho é aquele "negócio" que fica no mundo das idéias, no subjetivo, enquanto estamos dormindo. Já o objetivo é algo concreto, muitas vezes palpável, mas sempre executável, e acontece quando estamos acordados. E, principalmente, planejamos. Pois bem!Quando eu "acordei" desse sonho, comecei a planejar. E coincidiu exatamente com o aniversário da minha filha de 15 anos, e que, (teoricamente) eu teria que fazer a tão famosa (e tradição no Brasil) "Festa de 15 anos". Eu, particularmente, sempre fui festeira, mas nunca me liguei à essas "convenções"...rs Foi quando chamei minha filha pra conversar, expliquei a ela a história dessa festa (e que, ao meu ver, era algo antiquado) e sugeri que nós, no lugar dessa festa, poderíamos fazer nossa primeira viagem internacional, obviamente, para a Itália! Nem preciso dizer que ela topou na hora!Pronto, agora em não tinha mais um sonho, mas um objetivo!E como concretizá-lo?!? Sentei a bunda na cadeira e comecei a traçar as metas. E a maioria delas esbarrava no quesito grana (na falta dela...rs). Nessa época eu trabalhava como contratada em uma prefeitura de uma cidade de interior (que hoje sou efetiva e licenciada) e fui morar em uma kitnet por mais de um ano (que era um quarto conjugado com banheiro) para economizar dinheiro. Minha filha optou por morar com a minha mãe na capital. Eu brinco que, para eu entrar dentro de "casa", eu tinha que sair, de tão apertado que era o espaço...rs. Juntei pratinhas de um lado, do outro, comprei a passagem em 10 vezes, parei até de beber para economizar...rs...enfim, apertei de todos os lados e, em novembro/16 nós fomos. Ficamos hospedadas na casa de um primo e sua família e, durante 16 dias conhecemos o Norte (Noroeste e Nordeste) da Itália (Venezia, Gênova, Padova, Rovigo, Turim, Aosta, Milano, Verona, Treviso, Monza, Ferrara, Novara e Biella - e a neve...rs), e Centro (Bologna, Firenze, Roma). Um misto de sentimentos foi quando conhecemos a nossa Comune de origem na região de Rovigo! Piu piccola (menos de 900 habitantes) e há pelos menos 3 gerações não existe mais integrantes da nossa família. Foi uma viagem muito cara, mas não menos fantástica!Valeu a pena cada centavo! No retorno, claro, teve perrengue...rs...o vôo foi cancelado (nós já estávamos na aeronave há mais de 4 horas) e tivemos que passar a noite em Milão. Minha filha "perdeu" mais dois dias de escola e eu de trabalho (a sorte é que minha chefe era gente boa demais...rs) e eu perdi a paciência e ganhei estresse...rs, mas, em compensação, passamos a noite num hotel 5 estrelas em Milão e outro no Brasil e recebemos indenização...rs

Vamos lá para a história (bem) resumida de uma cidadã européia - a minha!

Meu nome é Amable (era para ser Amabile, mas o escrivão "comeu o i"...rs), 37 anos, divorciada, mãe de uma lindíssima de 16 anos, Ítalo-brasiliana (no Brasil de Minas Gerais e na Itália de Rovigo) por origem e cidadã do mundo por convicção (atualmente moro em Portugal), pós-graduada em humanas (e acabo de passar na segunda colocação na admissão a um mestrado aqui de Portugal...uhúúú), adepta à física quântica (espiritualista e espiritualizada), politizada (mas supra-partidária), questionadora, curiosa, vegetariana e apaixonada pela Itália, Portugal, pela vida e pelas boas relações interpessoais. Minha ligação com a Itália começou, na verdade, antes de eu nascer, com a escolha do meu nome, que é uma homenagem à minha antenata italiana, que migrou para o Brasil junto ao seu esposo (de quem eu herdei o sobrenome) e filho. Após eles, vieram as gerações de italianos nascidos no Brasil, dentre eles, eu. Na verdade, meu nome completo (4 nomes!) metade (nome/sobrenome) é um "tributo" à minha antenata italiana e a outra metade (nome/sobrenome) à minha antenata portuguesa...rs...eu brinco que eu sou um "tributo às antenatas"...rs Desde criança eu sempre ouvi falar a respeito da Itália e minha nonna (que hoje também é reconhecida e completou seus lindos 80 anos antes de ontem e eu e minha filha acompanhamos a festa via webcam) sempre "parlava un poco da lingua" e as comidas típicas sempre estiveram presentes em encontros de família. Minha família é um tanto quanto exótica...rs...meus pais se conheceram em um centro religioso e se casaram após seis meses que se conheceram! Ele, à época, com 53 anos (viúvo do primeiro casamento e com 6 filhos) e minha mãe - acredite- aos 19 (solteiríssima)...rs...minha mãe brinca que quando eu nasci ela não sabia fazer e meu pai já tinha esquecido, por isso nasci essa peça rara...rs. Quando minha mãe estava grávida de mim, minha nonna estava do meu tio e a minha tia do meu primo, então, imagina a festa de criança que foi na família numa tacada só!...rs. Eu sou a neta mais velha dos avós maternos, a única filha da minha mãe (rs) e a "rapa do tacho" das mulheres por parte do meu pai. Sempre fui uma criança com muita energia (e tenho até hoje!). Nunca tinha tempo ruim pra mim e eu era sempre a "defensora dos frascos e comprimidos" (como dizia minha mãe) e a líder de todas as brincadeiras (e peraltices também...rs). Meu pai, apesar de descendência portuguesa (que eu vim a descobrir anos depois, quando resolvi fazer minha genealogia tanto materna quanto paterna), sempre foi apaixonado pela Itália (e cantava lindamente várias músicas), aliás, meu pai (que, infelizmente, faleceu há um ano) era um gentleman e de um caráter ímpar! Vindo de uma família de intelectuais (escritores, advogados, dentistas), sempre nos concedeu conforto (à medida do possível), mas não luxo. Sempre nos ensinou o valor das coisas - não o preço. Minha mãe é da mesma índole, advida de uma família de italianos do Norte (agricultores, comerciantes e lavradores). Os dois tiveram uma infância/adolescência difícil em vários aspectos e, visando trilhar seus próprios caminhos, ambos deixaram o ninho das suas famílias muito cedo e sempre conquistaram tudo através dos seus próprios méritos, trabalho árduo e muita generosidade. E foi justamente a base dessa família, que sempre valorizou a minha educação, que pude também trilhar o meu próprio caminho. Aos 19 anos (também...rs) conheci o meu ex-marido e dividia com ele (assim como com todos os meus amigos e familiares) o meu sonho de ir pra Itália. Eu sempre fui aquela diferente da turma: enquanto minhas amigas sonhavam em casar e ter filhos, eu queria ser médica veterinária, ir pra Itália e conhecer o mundo todo, mas não tinha a menor coragem de deixar minha família (principalmente meu pai e avós, que já estavam com a idade avançada). Acontece que eu casei. E tive minha filha (o maior presente que Deus poderia me dar). E fui viver minha vida junto ao meu núcleo familiar naquele momento, mas sempre com o apoio incondicional dos meus pais (em todos os aspectos). Aí os meus planos tiveram que ser um pouco adiados. Aos 23 anos, após inúmeras tentativas de salvar uma relação (qua já nasceu "morta"), me divorciei (graças a Deus...rs) e, quando minha filha tinha 4 anos, retomei meus estudos. Mas à época eu já não tinha mais a condição de cursar medicina veterinária (um sonho de criança), então comecei Biologia. Fiz três períodos e meu pai adoeceu (consequência de um Mal de Parkinson, ocasionado por um episódio extremamente desagradável na década de 90),e, aos poucos, ele foi perdendo tudo o que tinha (saúde, dinheiro, menos a integridade e a dignidade). "Parei" a minha vida e fui cuidar dele (pois à época ele e minha mãe já tinham se divorciado). Ele melhorou, graças a Deus! Só que eu fiquei dois anos mais ou menos "vagando", trocando de um emprego pra outro (cheguei até a trabalhar em uma veterinária...rs). foi quando eu tive realmente tempo de "sentar a bunda na cadeira" e passar noites a fio pesquisando sobre a minha origem italiana. E como foi complicado! fiquei entra vários comunes "piu piccolas", já que poucas pessoas da família tinham informações concretas, que pudessem embasar as buscas. Com muita dificuldade localizamos o comune e, com auxílio de um primo de segundo grau que residia (e reside até hoje) na Itália,conseguimos os documentos (que estavam vencidos à época da entrega da documentação no Consulado e tivemos que solicitar novamente...rs) Em 2007 uma senhora amiga da minha família me disse pra tentar uma bolsa em uma universidade. Tentei,passei e cursei (por 5 anos). Nessa época fui trabalhar em telemarketing (pois era a única oportunidade que eu tinha de conciliar os estudos, ser mãe e trabalhar). Contar com meu ex-marido?Esquece! Mas eu tinha duas aliadas: minha mãe e minha ex-sogra (hoje falecida). Em dezembro/10 entrei com o pedido de reconhecimento no Consulado Italiano no Brasil e me preparei pra aguardar uns 10 anos na fila. Enquanto isso, eu estudava. E foi assim, aos trancos e barrancos, que em 2013 me formei e meu pai estava lá presente (lindo como sempre, na sua cadeira de rodas) junto da minha mãe (eles se casaram novamente em 2010 e minha mãe sempre cuidou dele com muito amor), minha família e amigos íntimos! Como eu rezava pro meu pai viver pra ver isso!Nossa! Eu sempre ficava fazendo "permuta com Deus": "deixa meu pai viver pra ver isso, senhor, pra ver aquilo"...a última "permuta" foi pra ele fazer os 90 anos (que já estávamos organizando a festa junto a ele, que era lúcido, apesar da doença), mas ele faleceu um mês e meio antes da festa. Meu mundo caiu totalmente! Foi quando pensei: "minha filha já cresceu e é minha parceira de vida, meu pai não está mais aqui entre nós, minha mãe está nova e saudável, assim como o restante da minha família...não há nada que me prenda mais aqui!" Meu pai faleceu em maio/17 e eu tinha uma viagem marcada (há mais de seis meses, que juntei "pratinhas pra ir"...rs) para Portugal, em junho/17, ou seja, um mês após seu falecimento. Dessa vez fui sozinha (sem a minha filha), pois a minha intenção era conhecer o país, a convite de um amigo à época (que hoje é meu namorado). E conheci Portugal, e me identifiquei. Me senti em casa. A cada lugar que eu ia, via meu pai (e tantos outros integrantes da família Silveira) se expressar (nossa, como ele era um português raiz!Tirando o bigode...rs). E me apaixonei por Portugal e por sua gente. Em dezembro/17 (após 7 anos na fila espera no Consulado) eu e minha nonna (fiz questão de entrar com o processo dela também, assim como o de todos da família italiana que quiseram ser reconhecidos com a nacionalidade italiana) fomos reconhecidas italianas, finalmente! Após muita luta, espera e sacrifício, saiu! - e será objeto de outro post esse assunto. Foi quando eu planejei a mudança minha e da minha filha a Portugal (mas nunca esqueci a Itália, que já tinha conhecido em uma viagem anterior, mas será tema de outro post...rs). O que mais pesou na minha escolha por Portugal foi o custo de vida, a facilidade de adaptação à cultura europeia (por mais que sejamos originários de europeus, estaríamos em outro país) e à língua. Pedi licença para continuidade dos meus estudos no meu trabalho e viemos na cara e coragem. Em um próximo post explico como foi a adaptação aqui...rs

A reportagem é antiga, mas demonstra como eu não sou a única italiana a se apaixonar por Portugal...rs

Edição de 10.01.2007 | Sociedade / Jornal O Mirante Jovem italiano descobriu Deus em Torres Novas Mário Taglialatela deixou tudo em Itália (namorada, amigos e família) e a sua terra natal, Mondragone, entre Nápoles e Roma, e viajou até Torres Novas para se encontrar consigo próprio e acabou por descobrir a sua vocação: ser padre. Ordenado diácono no domingo na Sé de Santarém, Mário, 30 anos, vai trabalhar com os jovens da diocese enquanto não chega o dia de ser sacerdote. Para trás ficou uma namorada com quem acabou a relação quando decidiu vir para Portugal em Janeiro de 2001 e uma família que quando soube da sua decisão não a aceitou bem. Mário não desistiu e seguiu a sua caminhada que diz ter começado quando descobriu um santo, S. Francisco de Assis, que tinha sido muito radical. Foi numa peregrinação, no seu país, que ficou impressionado com o facto de S. Francisco ter renunciado a ser cavaleiro, a ser rico, para ajudar os outros. Quando decidiu sair do país andava afastado da Igreja Católica. Em pequeno costumava ajudar na missa. Mas a juventude, a vontade de fazer as mesmas coisas que os colegas, afastaram-no da religião. “Deus quis que viesse para Portugal para descobrir o outro Mário”, diz. Como tinha o contacto de um grupo de jovens de Torres Novas que em 1998 tinha estado em Itália, partiu à descoberta. Começou a trabalhar com o padre Vicente e a dada altura estava a dar catequese a um adulto que queria descobrir a fé católica. O bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues, soube o que o jovem estava a fazer e quis conhecê-lo. Propôs-lhe o desafio de ficar em Portugal a ajudar a Igreja. Mário Taglialatela estava inclinado para ir de novo para Itália. O bispo disse-lhe que a Igreja é universal e compreendeu que podia fazer o mesmo aqui que no seu país.O mais difícil foi convencer a família que não aceitou muito bem e até fez de tudo para que desistisse. Arranjaram-lhe um trabalho no jornal La Repubblica, um dos mais importantes de Itália. A irmã até se ofereceu para lhe pagar um curso superior além do de sociologia que estava a tirar quando saiu para Torres Novas. Mas ao fim de algum tempo a família acabou por aceitar. “Este era o meu caminho. Sempre tive a ideia de ajudar os outros. Fui locutor numa rádio local italiana e punha música não pelo gosto que tinha mas para agradar aos outros”, sublinha. Continua a gostar de música rock e pop e até considera que a música pode ajudar as pessoas a descobrirem a sua fé. Até mesmo as músicas pesadas dos Metallica. “Mesmo estas têm uma mensagem através da qual se pode lançar também a mensagem cristã”. Agora que está a um passo de se tornar padre, diz que afinal sempre teve essa vocação. Faltava era descobri-la. É como uma paixão. “Apaixonei-me pelo povo português, que me acolheu muito bem, e aqui descobri Deus e por ele me apaixonei também”, realça. Acrescenta que prometeu “amar todas as pessoas e ajudá-las, quanto mais não seja com um gesto ou um sorriso.

Sobre a importância de ser grato na vida!

Às vezes passamos por algumas situações na vida da gente (costumo dizer que somos "usados" por Deus das mais diversas formas) e não entendemos o motivo daquilo na hora, mas depois, se atentarmos,com certeza entenderemos e aprenderemos! Acabo de retornar da minha segunda viagem à Itália junto com a minha filha (aêêê). A primeira foi em Novembro/2016, quando dei a ela de presente (e óbvio, a mim também) de 15 anos a nossa primeira viagem internacional, que não poderia ser para outro lugar que não fosse a Itália (sobre essa viagem eu conto depois...rs). A segunda viagem foi para buscar os nossos documentos de identidade italianos (após termos sido reconhecidas através do Consulado no Brasil em dezembro/2017) que a Embaixada Italiana em Portugal (pra onde nos mudamos em março/2017) me pediu seis meses para liberar (só Jesus na causa...rs). Enfim, sobre a viagem em si (cheia de percalços, pra variar...rs) eu também conto depois. O objetivo desse post é dizer sobre o aprendizado que obtive em uma situação específica por esses dias (mas não vou me ater à situação, até para não expor ninguém). Passei por uma situação extremamente constrangedora e de profundo estresse, que me deixou bem mal. Uma sucessão de desencontros, desacertos e mistura de sentimentos.E essa situação, após eu fazer uma auto-análise, me fez enxergar potenciais que tenho e há muito tempo eu venho sublimando (um deles é inspirar e encorajar as pessoas). E esse foi um dos motivos que me fez retomar esse blog que há tempos eu não escrevia. Fato é que eu ter saído da minha zona de conforto e decidido morar em Portugal, tem, cada vez mais, feito as pessoas, que antes já me viam como referência em relação à questões italianas, como referência em Portugal. É algo impressionante! Como a minha coragem, índole e determinação (que, para mim, é algo normal, natural) tem contagiado as pessoas em relação a esses países! Eu nunca fiz nada esperando que as pessoas me seguissem...rs...sempre fiz de forma natural, porque tenho um enorme "defeito de fábrica": ser autêntica e gostar de trilhar os meus passos, construir o meu próprio caminho. Isso, sempre na honestidade e sem puxar o tapete de ninguém ou fazer ninguém de escada - e me orgulho imensamente disso. E esse perfil excêntrico é que sempre me fez profissional em tudo o que me proponho a fazer e respeitada em todos os espaços que frequento. Não tenho "gurus" - e nem, tampouco, gosto de ser! Tenho pessoas com as quais eu me identifico e admiro, e sempre que possível, procuro me agregar a elas e me espelhar. Até porque somos todos iguais (em nossas diferenças) nesse mundo e ter um "guru", para mim, me remete a alguém que é infinitamente melhor, evoluído e superior do que eu, dotado de razão indiscutível, inquestionável, intransponível, onipotente e inegociável. E ninguém, em absoluto, nesse plano terrestre, é melhor (nem pior) do que eu - estamos todos no "mesmo barco" (vida) e não sairemos vivos dele, literalmente...rs. E eu sempre fui assim, em todos os espaços. Sempre tratei todas as pessoas com a mesma educação e respeito, elas me trazendo algum tipo de benefício ou não. Como diria minha ex-chefe (que hoje é uma das minhas melhores amigas): "a Mabinha almoça com reis e mendigos na mesma naturalidade". E sou assim. Bem ou mal, certo ou errado, é a minha essência.Sou filha de pai ancião (ele faleceu no ano passado aos 89 anos) e que me ensinou valores muito raros de se encontrar hoje em dia. Eu sempre me refiro assim: "sou uma peito aberto. E peito aberto leva tiro pra caramba - porque está desarmado e desprotegido das armas alheias - mas é o que mais recebe coisas boas também." E eu gosto disso! Me mantém distante da falta de empatia da humanidade hoje em dia e mais próximo do que muitos denominam como "sorte". Me faz lembrar a música do Milton Nascimento "Bola de meia, bola de gude" - essa me descreveria...rs Então, é isso: devemos AGRADECER SINCERAMENTE sempre, por tudo o que nos acontece! Porque as situações que passamos, com certeza, são essenciais ao nosso progresso (por mais que não entendamos na hora)! Que Deus nos ilumine, proteja e guie sempre e que nunca nos falte principalmente saúde e amor, nem, tampouco, discernimento e gratidão! Um abraço fraterno a todos! :)

Boa tarde a todos! :)

Para quem não me conhece, sou uma italiana, nascida no Brasil (ao o que geralmente se denomina como dupla cidadania ou nacionalidade) e moro em Portugal. Decidi fazer esse post pois sempre me perguntam como é viver em Portugal (e, quem me conhece, sabe o quanto eu sou sincera), respondo: para mim é ótimo! E explico dizendo que todo e qualquer lugar do mundo pode ser o céu e/ou o inferno para você, depende do que você busca! Uma diferença básica que eu vejo entre os povos de outros países e os brasileiros está na educação (aqui envolvendo também o orgulho e respeito à pátria), o que, às vezes, causa em certo deslumbre em morar fora do Brasil. Em geral, os povos de outros países (principalmente os desenvolvidos) não exportam suas mazelas. Falam mal delas em seu próprio meio, mas não externam. É como se fosse aquela mãe que vive reclamando do filho, mas quando alguém de fora fala e ela toma conhecimento, ela não gosta. É meio por aí...rs É que nós, brasileiros (não na totalidade obviamente, mas em grande parte da população), temos a “síndrome do vira-latas” (aquele que não tem raça definida por ser a mistura de todas as raças) e essa parte da população remete a essa “síndrome” ao que de pior do mundo foi inserido no Brasil (e isso é ensinado na escola e incutido no imaginário dos cidadãos desde criança). Essa mistura compôs a miscigenação de uma pátria, que, em relação aos demais países do mundo, é extremamente nova. Bom, não vou me ater a essa discussão, se julgo como postura correta ou não, foi apenas uma introdução para dizer o seguinte: na minha concepção, tudo começa com uma boa educação: valores, princípios, direcionamento de vida, postura, enfim, que são aprendidos em casa mas também são reforçados no ensino académico com o conteúdo que é ensinado, inclusive a valorização do espaço que você vive e o convívio geral em sociedade (dentre eles regras e parâmetros). E o Brasil, embora, para mim, seja um país fantástico, com imensas riquezas das mais diversas e um povo criativo e como não se encontra em outro lugar do mundo (justamente por causa dessa mistura), não investe em educação. E, para mim, a educação é a base de tudo: se você não é educado (ensinado) a saber que você precisa fazer algum tratamento de saúde, você não faz. Se você não é educado a saber respeitar o espaço do outro, você terá problemas em sociedade. Se você não é educado a ser empático e saber que violência não resolve nada, você vai querer resolver tudo fora do diálogo, e por aí vai. Pois bem, a minha escolha por Portugal se baseia nisso: na educação (uma escola de qualidade para minha filha, segurança, etc). Mas isso não quer dizer que Portugal não tenha problemas!Sim, tem! Como absolutamente todo e qualquer lugar do mundo! Porque quem faz os países serem o que são (por mais que tenham belas paisagens, climas, etc) são os humanos! E humano é passível de acerto e erro sempre. Então, repito: a escolha de onde morar (seja bairro, estado ou até mesmo país) depende do que você busca!E do que você está disposto a abrir mão para conquistar. Porque sim! Toda escolha tem suas consequências (e você terá perdas e ganhos) – basta colocar na balança o que mais pesa para você e fazer a sua escolha. Também me questionam porque eu, sendo uma italiana (e apaixonada pela Itália), não moro lá: basicamente por causa de custo de vida, em vários aspectos. Viver na Itália é muito mais dispendioso (mas há também compensações, como uma comida com qualidade sem igual) o que, nesse momento, pesa a minha balança para Portugal. Agora, só para reflexão, e retomando um pouco o que eu disse lá em cima: vira-lata ou SRD (sem raça definida) é considerada a raça mais resistente (ou uma das) entre os caninos. E, absolutamente nenhum lugar será bom se você não estiver bem contigo mesmo. Faça uma auto-análise, uma auto-reflexão e faça sua escolha. E, se optar por vir para Portugal, talvez possamos auxiliar! Tudo o de melhor a você nessa vida, principalmente saúde, força, fé, foco e discernimento! Abraços! ☺ M@binha Silveira

De volta...rs

Bom, depois de muito tempo sem escrever aqui e muita água rolar por debaixo da ponte...rs...estou de volta, e vou tentar resumir o que aconteceu nessa ausência. Tentar, porque foi muita coisa!...rs...organizar aqui e já posto...rs